Lançado pela Fundação Calouste Gulbenkian, esta iniciativa inscreve-se na sua participação na Conferência do Oceano das Nações Unidas, que decorre em Lisboa entre 27 de junho e 1 de julho.
No âmbito deste projeto desenvolvido em parceria com o CCMAR – Universidade do Algarve e a ANP | WWF – Associação Natureza Portugal, em associação com a WWF, serão realizadas diversas intervenções de proteção e restauro dos ecossistemas marinhos e costeiros com potencial para sequestrar dióxido de carbono da atmosfera. Estes serão depois disponibilizados a empresas e outros agentes interessados em investir em carbono azul.
Neste mapeamento realizado no território de Portugal Continental, os ecossistemas – que incluem pradarias marinhas, sapais e florestas de algas – estarão devidamente caracterizados (com localização, dimensão, condição em que se encontra, taxa anual de sequestro de carbono, entre outras características), de modo a definir as medidas de proteção e restauro adequadas a cada um.
Com a disponibilização desta informação pretende-se fomentar o investimento em conservação e restauro ecológico destes habitats marinhos e costeiros, vitais para o combate à crise climática e proteção da biodiversidade e para alcançar as metas do Acordo de Paris de 2015.
A Fundação Gulbenkian vai fazer o primeiro investimento nesta carteira nacional de carbono azul, com o financiamento de um projeto-piloto de conservação ou restauro, de forma a compensar o volume da pegada carbónica não mitigável da Fundação em 2021 (2.238 toneladas de dióxido de carbono equivalente, que incluem as emissões de gases de efeito estufa provenientes da eletricidade ou calor adquiridos e consumidos).
O Gulbenkian Carbono Azul pretende assim atuar como impulsionador do mercado de carbono azul em Portugal, funcionando como facilitador do crescimento deste mercado, no âmbito de uma rede de potenciais financiadores interessados em apoiar estes projetos.